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Governador do Rio recebe presidente da Fiocruz

A audiência foi solicitada no último dia 21, quando a Polícia Civil realizou uma operação na comunidade de Manguinhos e uma bala perdida atingiu uma sala de aula do segundo andar da EPSJV
CCS-Fiocruz - EPSJV/Fiocruz | 26/07/2017 21h06 - Atualizado em 01/07/2022 09h45

Em audiência realizada nesta terça-feira (25/7) a seu pedido para tratar a questão da violência, a presidente Nísia Trindade Lima solicitou ao governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, a reavaliação e modificação urgente das incursões policiais que têm colocado em risco a segurança da população - especialmente as realizadas em Manguinhos e na Vila do João, onde fica o campus Manguinhos e Expansão; e em Jacarepaguá, que abriga Farmanguinhos. A solicitação foi expressa também em ofício entregue em mãos, no qual a presidente pede proteção diferenciada às escolas, serviços de saúde e demais equipamentos públicos localizados nessas regiões.

 

Nísia Trindade Lima ressaltou a gravidade das situações de violência no entorno dos campi da Fiocruz (Foto: Peter Ilicciev  - CCS)

 

Nísia Trindade Lima compareceu à audiência acompanhada pelo coordenador-geral de Gestão de Pessoas, Juliano Lima. Foram recebidos pelo governador; pelo comandante da Unidade de Polícia Pacificadora de Manguinhos (UPP Manguinhos), tenente Gustavo Menezes Dutra Cunha Melo; e por um representante do Comando Geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ).

 

A presidente ressaltou a gravidade de situações de violência. Em Manguinhos, onde a Fiocruz desenvolve atividades em parceria com a Prefeitura do Rio, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi usada por mais de uma vez por policiais, que se abrigaram no prédio durante confronto com criminosos. Somente este ano, quatro pessoas morreram e seis foram atingidas por balas perdidas nestes confrontos, não sendo nenhuma delas envolvida com atividades ilegais ou com antecedentes criminais.

 

Em março, em Jacarepaguá, uma perseguição policial a traficantes de drogas da Cidade de Deus se estendeu para dentro de Farmanguinhos, onde trabalham 800 pessoas. A presidente falou sobre as diversas atividades exercidas pela Fundação, entre as quais pesquisas, ensino e produção de vacinas e medicamentos, que têm sofrido interrupções devido às situações de violência.

 

Canal de diálogo

 

O governador solicitou ao representante do Comando Geral da PMERJ ao comandante da UPP Manguinhos que promovessem mudanças urgentes na condução das operações da Polícia Militar e se comprometeu a tratar do assunto diretamente com a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, mantendo um canal aberto de diálogo com a Fiocruz, e atenção permanente nas operações que acontecem nessas regiões.

 

A audiência foi solicitada pela presidente em 21/7, quando a Polícia Civil realizou uma operação na comunidade de Manguinhos e uma bala perdida atingiu uma sala de aula do segundo andar da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz). A Escola está em período de férias e ninguém se feriu. Foi anexado ao ofício documento entregue à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro em 19 de abril deste ano, que descreve em detalhes as várias situações de risco à vida dos moradores, trabalhadores e estudantes da Fiocruz.