Serviços 
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

Informações e Registros em Saúde no trabalho dos ACS

Professores-pesquisadores da Escola Politécnica divulgam resultados e produtos do primeiro ano de projeto
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 08/09/2021 13h29 - Atualizado em 01/07/2022 09h41

Professores-pesquisadores da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) apresentaram, em agosto, um relatório com as principais atividades desenvolvidas no primeiro ano do projeto ‘Informações e Registros em Saúde para a formação do Agente Comunitário de Saúde: produção de e-book interativo’. Vinculado ao edital ‘Produtos Inovadores’ do Programa Inova Fiocruz, o projeto tem o objetivo de potencializar a discussão sobre a temática das informações e registros em saúde no processo de trabalho do ACS. Além de professores-pesquisadores da EPSJV, a equipe do projeto conta ainda com colaboradores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) e do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ).

Ao todo, foram desenvolvidos três produtos: um termo de referência metodológico que sistematiza os principais passos feitos pela equipe do projeto para a realização das rodas de conversa virtuais com docentes, pesquisadores e ACS; uma sistematização das rodas de conversas virtuais realizadas com ACS, docentes e pesquisadores; e uma nuvem de palavras dinâmica com os principais termos apontados nas rodas de conversa. 

De acordo com uma das coordenadoras do projeto, a professora-pesquisadora da EPSJV Bianca Leandro, nos cinco primeiros meses, foi feita a organização do processo de trabalho da equipe, a revisão do material base e a elaboração da metodologia que guiou as 13 rodas de conversa virtuais com 24 pessoas, sendo docentes, pesquisadores e ACS de diferentes regiões do Brasil. Inicialmente, a ideia era de que essas conversas fossem presenciais. Entretanto, devido ao contexto de pandemia por Covid-19 e a interrupção das atividades presenciais, as oficinas presenciais foram substituídas por encontros virtuais.

“A metodologia utilizada e ajustada após realização de cada roda foi sistematizada e apresentada em um termo de referência metodológico, que sistematiza os passos realizados, incluindo uma apresentação sobre a atividade, os roteiros de perguntas e uma história fictícia utilizada como recurso pedagógico mobilizador do debate”, conta Bianca. Segundo ela, atualmente, o termo está sendo traduzido para espanhol, já que projeto também está vinculado à Escola como Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Bianca destaca que as rodas de conversa tiveram como estratégia principal o exercício de escuta das vivências e percepções verbalizadas pelos participantes e de mediação por meio de perguntas que estimulavam os diálogos e a participação. Dessa forma, compreendendo a relevância das experiências como fonte de saber, foi elaborada uma sistematização tendo como fonte principal cada uma das rodas, que se constituiu como mais um produto do projeto. “A partir da leitura crítica de cada um dos relatos, a revisita às gravações e as anotações da equipe tentou-se captar, identificar e tornar visível os principais assuntos, dilemas, potencialidades e desafios que envolvem a temática das informações e registros em saúde com ênfase no trabalho do ACS”, afirma. 

Para Bianca, as rodas realizadas se constituíram em um espaço formativo também para a equipe do projeto, de trocas e partilha de experiências vividas tanto pelos ACS como pelos docentes/pesquisadores. “Os principais termos identificados na análise dos relatos foram agrupados em uma nuvem de palavras, que se constituiu como mais um produto do projeto”, adianta.

Além desses, a equipe do projeto está desenvolvendo um e-book interativo sobre as informações e registros em saúde no trabalho do ACS em português e espanhol. Segundo a coordenadora, o e-book foi pensado como uma bússola: "Ele está sendo projetado para ajudar cada ACS a encontrar o seu caminho, de acordo com cada experiência. Apesar de ser um material que é voltado especialmente para o ACS, o seu uso também poderá ser feito por docentes e pesquisadores da área na construção de seus processos formativos, outros profissionais de saúde e grupos de pesquisa”.

Para o 2° ano do projeto, Bianca adianta que a ideia é dar continuidade na produção do e-book, finalizando os seus conteúdos junto a uma rede de colaboradores da Fiocruz e de outras instituições e a elaboração da estrutura digital. “Depois, iremos traduzi-lo para espanhol e organizar o Seminário Internacional Virtual para lançamento, publicização e discussão do tema. Paralelamente, junto aos colaboradores, será feita a atividade contínua de divulgação científica”, ressalta. 

Para saber mais: https://www.epsjv.fiocruz.br/informacao-registro-acs