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Laboratório do Livre Saber

Movimentos Sociais, Direitos Humanos, Identidade e Cultura Local foram os temas dos trabalhos apresentados pelos alunos da EJA na Escola Politécnica
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 14/07/2017 14h15 - Atualizado em 01/07/2022 09h45

Em um evento com diversas manifestações culturais, os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) apresentaram seus trabalhos produzidos nos últimos dois semestres letivos. O Laboratório do Livre Saber, realizado nos dias 6 e 7 de julho, teve como temas “Movimentos Sociais e Direitos Humanos” e “Identidade e Cultura Local” e reuniu os trabalhos produzidos pelos alunos da EJA no segundo semestre de 2016 e no primeiro semestre de 2017.

Entre os trabalhos, estava a publicação “Contos (nada) de fadas”, com histórias como “Alice no país sem maravilhas” e “Cinderela na favela”, nas quais os alunos adequaram os clássicos contos de fadas à realidade do território em que vivem. O cotidiano dos alunos também foi retratado em fanzines produzidos por eles com histórias sobre a violência no território. A realidade dos estudantes também foi tema de uma esquete teatral, nas qual os alunos retrataram diversos tipos de preconceito e estereótipos, em situações ocorridas dentro de um ônibus de transporte coletivo.

No “Varal de lembranças”, os alunos expuseram fotos e alguns trabalhos produzidos por eles. As memórias também fizeram parte do conjunto de trabalhos “Histórias da minha terra”, que reuniu vídeos, radionovelas e até um cordel contando suas histórias. No “Cordel da Shirley-Menina”, uma das turmas contou a história de vida de uma das estudantes da EJA, usando o estilo do cordel nordestino.

Os alunos também fizeram apresentações musicais e apresentaram seus cadernos, uma espécie de portfólio, com suas memórias do primeiro semestre do ano letivo. O evento teve ainda uma apresentação musical dos filhos dos alunos, que acompanham os pais nos dias de aula e ficam com os mediadores infantis da EJA, enquanto seus pais estudam.

Para encerrar o evento, no dia 7 de julho, os alunos apresentaram uma quadrilha junina. “Os alunos gostam muito do evento porque é a oportunidade que eles têm de mostrar e refletir sobre os trabalhos que produzem. É também um momento de integração entre eles e de protagonismo”, destacou Marcelo Melo, da equipe de coordenação da EJA, que acrescentou: “Além disso, é uma oportunidade deles trabalharem e se expressarem com diversas linguagens – música, vídeo, teatro e artes plásticas”.