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Entrevista: 
José Maria Eymael

José Maria Eymael

Conheça as propostas do candidato da Democracia Cristã nas áreas de saúde educação e trabalho
Redação - EPSJV/Fiocruz | 06/09/2022 13h16 - Atualizado em 06/09/2022 14h07

O Brasil tem uma das taxas de desemprego mais alta entre os países do G20, e a média salarial alcançou a menor taxa nos últimos dez anos. Com dois mil quatrocentos cinqüenta e oito. Quais serão as políticas do seu governo para gerar empregos, são previstas estratégias para criação de emprego?

A queda do emprego é decorrente diretamente da carência do desenvolvimento nacional, ou seja, menos emprego representa menos desenvolvimento econômico e social. E para nós produzirmos um crescimento econômico forte e imediato, só têm um caminho: é a reforma tributária, para simplificar o processo e fazer do tributo um aliado, não um inimigo que esmaga empresas e pessoas, impedindo o Brasil de crescer.

Cálculos da Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento do Conselho Nacional de Saúde (Cofin/CNS) informam que a redução do orçamento para a Saúde foi de 20 bilhões entre 2016 e 2019. O subfinanciamento histórico do Sistema Único de Saúde (SUS) se agrava com a pandemia do novo coronavírus, devido às demandas represadas e à Covid longa. Quais as propostas da sua coligação para fortalecer o SUS?

 Eu quero assinalar que como Deputado Federal Constituinte, fui totalmente a favor da criação dos SUS. O SUS é um dos melhores sistemas de saúde do mundo, e foi criado graças à Assembléia Nacional Constituinte da qual fiz parte. A redução das verbas para a saúde do Brasil, foi um erro craço, e uma demonstração de absuluta insensibilidade em relação as demandas da saúde no Brasil. Para nós, da Democracia Cristã, nós defendemos de uma maneira muito forte a saúde inteligente. O que é a saúde inteligente? É a saúde chegando antes da doença, é a prevenção por isso que a Democracia Cristã, apoia e aprova, e está do lado da prevenção da doença: a saúde chegando antes da doença. Esta é a saúde inteligente.

Apesar da eficiência da vacinação na redução do número de mortes, sucessivas ondas de Covid-19 mostram que a pandemia ainda não acabou. Na sua avaliação, qual o papel do governo federal no controle da pandemia? E quais as propostas da coligação para o combate à emergência sanitária e o amparo às vítimas?

A presença do governo federal e enfrentamento da pandemia do Covid, foi simplesmente nenhuma, foi zero. A Democracia Cristã na Presidência da República, terá um compromisso fechado com a saúde nacional, a saúde faz parte de um Estado de bem estar social, e a democracia cristã tem esse compromisso fechado com a saúde e a prevenção da doença.          

Relatório divulgado em julho de 2022 pela ONU coloca o Brasil de volta ao “Mapa da Fome”. Considerando as diferenças desse cenário na cidade, no campo e nos territórios de populações vulnerabilizadas, como indígenas e quilombolas, como seu governo pretende combater a insegurança alimentar?

Eu sou o autor do mandamento fundamental da Constituição Federal, da Constituição do Brasil – que é o inciso 1º do artigo 3º da Constituição que diz o seguinte: “São objetivos fundamentais da república federativa do Brasil, esse o capto do artigo 3 º - de minha autoria: “Construir uma sociedade livre, justa e solidária.” A sociedade que nós temos hoje não é solidária, um pensador da democracia cristã, padre Lebre diz o seguinte: “ O grande mal não é a pobreza dos necessitados, mas é a indiferença dos abastados e dos fartos”. O nós temos que ter hoje é uma união nacional, aonde o Presidente seja o grande líder de um processo de solidariedade. Nenhum de nós podemos aceitar o que uma pessoa do seu lado seja faminta, passando fome, morrendo, porque não tem alimento. Portanto, a democracia cristã tem essa maneira de ver o mundo, e atender a necessidade absoluta, de ter um programa de solidariedade aonde o presidente da república, seja um grande líder, um grande promotor, desse processo de união nacional.

O Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência até 2024, estipula que 25% das matrículas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no ensino fundamental e médio sejam ofertadas na modalidade integrada à educação profissional e que as matrículas da Educação Profissional Técnica de Nível Médio sejam triplicadas, com pelo menos 50% de expansão no setor público. O programa de seu governo possui ações voltadas para atingir as metas relativas à educação profissional do PNE? Quais são essas ações?

Eu sou o autor do principio constitucional que permite utilizar recursos públicos para bolsas de estudos, no ensino fundamental e no ensino médio, e centenas de milhares de crianças no ensino fundamental com bolsa de estudos. E quando falamos de ensino médio, ensino fundamental, nós estamos, vendo, olhando a possibilidade de engajamento pleno na área da formação profissional, no estudo técnico e profissional, porque quando estabeleci, a possibilidade de propor a bolsas de estudos é algo abrangente, se alcança o ensino médio tradicional, tem o poder de alcançar também, a área técnica do ensino médio. Este é o ponto de vista da democracia.

Quais as propostas da sua candidatura para garantir o apoio do governo federal à oferta de educação básica pelos estados e municípios, principalmente tendo em vista o cenário de retorno das atividades presenciais depois do fechamento das escolas provocado pela pandemia, bem como os desafios trazidos pela queda na arrecadação nos últimos anos e a necessidade de cumprimento do cronograma de implementação da Reforma do Ensino Médio?

A Educação para os jovens economicamente carentes é a única chave para abrir o futuro, não tem outra, não existe outra, portanto a democracia cristã tem um compromisso fechado com a Educação, e eu testemunho disso na constituinte, por meu intermédio, quando propusemos, defendemos e aprovamos a possibilidade de recursos públicos para bolsas de estudos, educação é tudo.

*O candidato enviou as respostas após o prazo dado pela Poli, e portanto o texto foi publicado no Portal EPSJV/Fiocruz apenas.