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EPSJV ajuda a desenvolver curso para agentes indígenas de saúde


A convite da Fundação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) e do Instituto Leônicas e Maria Deane - Fiocruz, pesquisadores da Escola Politécnica de Saúde estiveram em São Gabriel da Cachoeira – Amazonas para participar do ‘I Seminário para Formação Profissional dos Agentes Indígenas de Saúde do Alto Rio Negro’, entre os dias 16 e 29 de outubro. A iniciativa é parte do projeto de desenvolvimento do curso de formação profissional de Agentes Indígenas de Saúde (AIS) na modalidade integrada ao ensino médio, que contará com a colaboração da EPSJV.

Segundo Ana Lúcia Pontes, que esteve no seminário juntamente com Paulo Peiter, os AIS possuem diferentes graus de escolaridade e muitos não têm ensino médio. No entanto, a organização dos povos indígenas considera fundamental o avanço na escolaridade para todos, principalmente para os AIS, já que precisam lidar com questões de saúde. Para eles, também é um momento de avançar na formação técnica como conquista de cidadania dos povos indígenas. “Toda formação de populações indígenas deve ser baseada nos princípios do multiculturalismo, bilingüismo e valorização dos conhecimentos dos povos indígenas, de forma que a inserção na escola ocorra de preferência na comunidade e respeite seu modo de vida. No caso dessa proposta, como a escolas indígenas avançaram muito na região, provavelmente a formação geral será feita pelos professores indígenas nas escolas indígenas, e a formação profissional será articulada a essa formação geral”, explica Ana Lúcia. Segundo ela, a participação da EPSJV hoje se dá na construção do Projeto Político Pedagógico, mas é possível que a Escola também participe das aulas e certifique. .

De acordo com a proposta consensuada, o curso terá duração de 3.230 horas, das quais 1.200 horas serão destinadas à formação profissional em saúde e 800 horas a atividades práticas. A meta é formar 260 jovens e adultos indígenas que atuam como agentes de saúde nos municípios, habilitando-os a compreender e intervir no processo saúde-doença; desenvolver planos de ação e tecnologias de intervenção para melhoria da qualidade de vida da comunidade; realizar atividades de cuidado e proteção à saúde de indivíduos, grupos sociais e dirigidas à promoção de ambientes saudáveis.