Consolidando sua atuação na pesquisa científica e no desenvolvimento de tecnologias em saúde, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) teve, no mês de outubro, a aprovação de dois Projetos Cooperativos de Desenvolvimento Tecnológico pelo Programa de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde Pública (PDTSP-SUS) de 2004, promovido pela Fiocruz. O programa, criado pela Vice-Presidência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, tem o objetivo de promover pesquisas voltadas para a inovação tecnológica no campo da saúde pública e, neste ano, a Escola concorreu apresentando três projetos com propostas para a resolução de problemas de saúde.

Os trabalhos aprovados passarão a receber financiamento para a implementação de suas atividades e, seguindo o foco da EPSJV, atuarão na contribuição para a formação e qualificação de trabalhadores em saúde. Um dos projetos aprovados segue a linha de pesquisa do processo de trabalho hospitalar: 'Processo de comunicação em saúde pública - As linguagens da arte e as práticas de humanização da assistência hospitalar', coordenado pela pesquisadora Adriana Holanda.

Entre as finalidades deste trabalho está a utilização e a investigação da importância da linguagem artística como estratégia de intervenção nos processos de comunicação hospitalar. A elaboração de materiais artísticos e educativos que propiciem o debate sobre a humanização dos serviços de saúde complementa o objetivo do projeto que, segundo a coordenadora, 'contribui com articulações criativas e críticas no processo de construção e aplicação do conhecimento na área do trabalho hospitalar'. Além de Holanda, participam da pesquisa os profissionais da EPSJV Ana Lucia Abrahão, Renata Reis, Adriana Geisler; Cláudio Ribeiro, Marileide Nascimento e Verônica Soares; Brani Rosenberg, do Ipec; e Márcia Franco, do IOC.

O outro projeto da Escola que passará a integrar o PDTSP-SUS a partir de 2005 é o 'Material didático para formação técnica dos agentes comunitários de saúde (ACS): melhoria da qualidade na atenção básica'. Sob a coordenação do professor da Escola Maurício Monken - que, em 2003, coordenou um trabalho na área de vigilância ambiental em saúde aprovado pelo programa -, o trabalho foi elaborado visando qualificar os ACS, por meio da produção de um material didático para apoiar o processo formativo dos docentes que atuarão na formação dos agentes. Na equipe, estão presentes também as pesquisadoras da EPSJV Márcia Valéria Morosini, Angélica Fonseca, Carla Martins, Anamaria Corbo, Anakeila Stauffer, Ana Lucia Abrahão, Renata Reis, Adriana Geisler e Maria Amélia Costa.

Para a vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, Márcia Teixeira, a presença de trabalhadores de diferentes laboratórios da Escola nas equipes de pesquisa dos projetos e a articulação com pesquisadores de outras unidades da Fiocruz foram fatores que contribuíram para o bom resultado no programa. Teixeira caracteriza a aprovação como um ganho, na medida em que fortalece a condição da Escola como centro de referência na área de educação em saúde. 'A Escola tem obtido sucesso neste programa, o que reflete o amadurecimento dos nossos grupos de pesquisa. Talvez por causa da ênfase do PDTSP na melhoria do serviço e no enfrentamento de problemas na saúde pública, o que vai ao encontro com a missão da Escola Politécnica', finaliza Teixeira.