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Fiocruz lança polos de testagem de covid-19 em favelas do Rio de Janeiro

Diante do aumento exponencial da variante ômicron no Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro e o projeto Conexão Saúde – De Olho na Covid, lançou polos itinerantes de testagem gratuita para a covid-19 em Manguinhos e na Maré, no Rio de Janeiro.

Com capacidade para testar 400 pessoas por dia em cada polo, o objetivo da iniciativa é diminuir a taxa de transmissibilidade nesses locais a partir do isolamento daqueles que positivarem para a doença e reduzir a demanda da população na rede de atenção primária de saúde.

Segundo Hermano Castro, pesquisador da Fiocruz e um dos coordenadores do novo projeto de testagem da Fiocruz, os testes são um direito da população “fundamental para a redução da velocidade da transmissão no Rio de Janeiro e no Brasil como um todo”.

A testagem se mostra fundamental “principalmente nesse momento de alta transmissibilidade, mesmo com casos assintomáticos e sintomáticos leves, o que traz uma pressão na atenção primária de saúde. O que tem ocorrido desde janeiro é um estrangulamento nas unidades de saúde da família, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), nas emergências, porque mesmo com sintomas ainda leves, as pessoas procuram o serviço de saúde, até porque é necessário que se procure”, afirma Castro.

    “A ideia é que a gente possa avançar ainda mais e acoplar novas medidas ao projeto para que a gente possa atender plenamente essa população.”

O pesquisador da Fiocruz também explica qual será a atuação dos polos. “O polo de testagem tem esse papel de diagnosticar, mas também de orientar a população, com um conjunto de enfermeiros e técnicos capazes de dar orientações aos casos mais leves ou assintomáticos. Aos casos moderados ou graves, a enfermagem orienta a procura do médico. Nesses casos, estamos acoplados ao projeto Conexão Saúde, com telemedicina, onde é possível pegar orientação do próprio médico."

O projeto, que deve permanecer em funcionamento por pelo menos três meses a depender da evolução da pandemia no Brasil, visa o estabelecimento de dois a três polos por comunidade. Segundo Castro, isso reduz a mobilidade das pessoas dentro do próprio espaço, diminuindo as chances de contaminação de outras pessoas. “A ideia é que a gente possa avançar ainda mais e acoplar novas medidas ao projeto para que a gente possa atender plenamente essa população.”

De acordo com o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, a pasta ampliou a capacidade de testagem em 48 vezes graças às parcerias feitas com a Fiocruz.

O serviço abre de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, e aos sábados, das 8h às 12h, no Centro Comunitário de Defesa da Cidadania (Rua Leopoldo Bulhões 952 - CCDC Manguinhos) e no CIEP Ministro Gustavo Capanema (Vila dos Pinheiros - Maré), em caráter permanente, por enquanto. Na Academia Carioca (Praça da Cidadania, no Depósito de Suprimentos do Exército, Manguinhos), a testagem é itinerante.

Edição: Monique Santos

Por: Leonardo Couto

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Repórter SUS