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EPSJV promove curso para qualificar trabalhadores de saúde do Chile

Ação de cooperação internacional visa qualificar profissionais da área de Atenção Primária em Saúde
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 09/11/2012 09h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h47


A experiência brasileira na Atenção Primária em Saúde (APS) é tema do curso oferecido pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) a um grupo de trabalhadores dos serviços de saúde do Chile. A primeira turma do curso teve aulas de 22 de outubro a 1 de novembro e a segunda turma de 21 a 30 de novembro. No total, 80 funcionários da área de APS do Ministério da Saúde do Chile serão qualificados por meio dessa parceria entre a Fiocruz e o Ministério da Saúde do Chile.



O Curso de Atualização em Atenção Primária em Saúde na Experiência Brasileira visa discutir a compreensão do processo saúde-doença-cuidado e suas implicações na forma de organizar os serviços e as práticas de saúde, além de discutir as perspectivas históricas e análises críticas da APS e contextualizar a APS no Brasil. “O curso buscava algum intercâmbio de experiências fundamentado em uma reflexão teórica”, explica a professora-pesquisadora da EPSJV, Camila Borges, que coordena o curso.



Com carga horária de 80 horas, o curso é dividido em seis módulos que tratam de temas como modelos de atenção em saúde, construção da política brasileira de APS, operacionalização da Atenção Básica em Saúde e o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). No último módulo do curso, os alunos visitaram unidades de saúde dos municípios do Rio de Janeiro (grande porte) e Piraí (pequeno porte) para conhecerem as diferenças de estrutura e funcionamento entre as unidades. “Os alunos aproveitaram bem as visitas e fizeram muitas perguntas aos profissionais de saúde dessas unidades”, conta Camila.



No encerramento do curso, os alunos apresentaram seminários estabelecendo comparações entre os conteúdos tratados nas aulas e a realidade do sistema de saúde chileno. “Creio que há um conjunto de reflexões, não necessariamente verbalizadas e debatida aqui no Brasil, que produzirão efeitos no cotidiano de trabalho deles quando regressarem ao Chile. Acredito que o trabalho de reflexão sobre a organização da APS não deve se findar nesse curso”, destaca Camila.