A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) promoveu na última segunda-feira (9/12) o encerramento do Eixo de Informações e Registros em Saúde do Curso Técnico em Agente Comunitário de Saúde (Ctacs). Durante a aula aberta – ‘Diagnóstico Informacional: Informações e registros em Saúde na perspectiva do ACS’ –, os estudantes apresentaram diagnósticos e todo o processo de trabalho que envolve a informação e o registro de dados coletados em diversas clínicas de saúde pública espalhadas pelos municípios do estado do Rio de Janeiro, dentre eles, Duque de Caxias, Mesquita e Nova Iguaçu.
“Diagnóstico informacional é todo o processo que os agentes fazem desde o momento em que coletam o dado, organizam, sistematizam, até o momento no qual eles decidem sobre o que fazer com essa informação”, explica a professora-pesquisadora da EPSJV/Fiocruz, Bianca Borges. A aula aberta contou ainda com a participação do professor-pesquisador e da doutoranda da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), José Wellington e Isabel Domingos, respectivamente.
Ofertado pela EPSJV/Fiocruz desde 2008, o Ctacs visa certificar os agentes da estratégia saúde da família de modo a fortalecê-los enquanto categoria profissional, além de potencializar o seu papel no processo de transformação do modelo de atenção à saúde. “Participar desse curso é muito importante porque a proposta é trazer a nossa própria experiência para que através dela seja possível entender a complexidade do nosso trabalho, que é extremamente importante para o cidadão e para o território”, relata a ACS Ana Iara Valeriano, aluna da EPSJV/Fiocruz.
A proposta curricular se estrutura a partir de três etapas formativas que procuram contemplar a construção histórica do trabalho do ACS, a organização e desenvolvimento do trabalho, e o papel do ACS no âmbito da participação política. “Todas as discussões que eu tenho com os alunos em sala são no intuito de valorizar o trabalho deles, porque o registro dos ACS é um dos mais importantes que nós temos na atenção básica, e que infelizmente acaba sendo desprezado pela saúde como um todo”, explica José Mauro da Conceição Pinto, professor-pesquisador da EPSJV/Fiocruz e um dos docentes do Eixo de Informações e Registros em Saúde.