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EPSJV conclui formação de agentes de vigilância em saúde no município do Rio de Janeiro

Curso foi realizado em parceria com a Prefeitura do Rio e qualificou mil trabalhadores do município
André Antunes - EPSJV/Fiocruz | 01/02/2012 09h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h47

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) conclui no dia 28 de janeiro a formação de mil agentes de vigilância em saúde que atuam no município do Rio de Janeiro. Os formandos participaram do Programa de Formação de Agentes locais de Vigilância em Saúde (Proformar–Rio), desenvolvido pela EPSJV em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SMSDC-RJ).



“Esses profissionais têm uma centralidade grande no Sistema Único de Saúde (SUS) porque trazem a compreensão de que aquilo que pode trazer problemas à saúde das pessoas relaciona-se com o trabalho, com a moradia, com o ambiente em que elas vivem e com seu estilo de vida”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou da cerimônia de formatura. Padilha lembrou ainda que o trabalho de coleta de informações realizado pelos agentes é essencial para a formulação de políticas públicas de saúde e que o conceito ampliado de saúde, presente na Constituição, reforça o papel dos agentes de vigilância em saúde.



O diretor da EPSJV, Mauro Gomes, ressaltou que o curso procura dar um novo enfoque em relação a vigilância em saúde, para que os profissionais possam ter uma visão mais integrada, entendendo a articulação da vigilância em saúde com o SUS. “A formação técnica é fundamental para o SUS, e não pode ser vista de forma isolada. Os profissionais devem estar preparados para contribuir na elaboração e implementação de políticas públicas”.



Para o secretário de saúde do Rio de Janeiro, Hans Dohmann, o Proformar-Rio é importante também para a integração de profissionais de saúde de diversas áreas. “A melhoria das condições de saúde da população depende da articulação entre promoção, vigilância e atendimento. O trabalho dos agentes de vigilância em saúde capacitados pelo programa é fundamental para a implementação da Estratégia de Saúde da Família no Rio. E é importante que haja essa complementaridade entre os profissionais”.



O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, lembrou que o Proformar-Rio significa uma possibilidade de abertura do campo profissional e de visão de mundo para os agentes de vigilância em saúde. “Essa é uma característica da EPSJV, que busca não só capacitar o trabalhador, mas também contribuir para que ele possa pensar a sociedade e a pertinência de seu trabalho”, afirmou. Para ele, o Proformar-Rio, que procura articular a Vigilância em Saúde com a Atenção Básica, faz parte de um processo de fortalecimento da Atenção Básica no município.



Proformar-Rio




Com uma carga horária total de 400 horas, o Proformar-Rio teve início em agosto de 2010. A proposta foi construída especificamente para ser aplicada no município do Rio de Janeiro. O projeto teve como base o Proformar que foi realizado em nível nacional como estratégia para promover a formação profissional em Vigilância em Saúde no país. A idéia do Programa é contribuir para uma prática profissional mais crítica e reflexiva, que permita ao trabalhador fazer o diagnóstico das situações de saúde e identificar problemas e propostas de intervenção no território, de forma comprometida com as novas práticas em saúde e com os avanços tecnológicos do SUS.



O Proformar nacional foi realizado de 2001 a 2006 em 26 estados brasileiros. O programa, que qualificou mais de 30 mil trabalhadores do SUS, foi uma ação conjunta da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems). O Proformar elaborou dez livros didáticos, quatro vídeos e formou 1.100 professores/tutores em todo o país.