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EPSJV coordena oficina para pesquisa sobre formação de técnicos em saúde no Mercosul

Projeto irá gerar uma base de dados sobre a formação e atuação desses profissionais no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Talita Rodrigues - EPSJV/Fiocruz | 16/09/2010 08h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h47


Para dar continuidade à segunda etapa do projeto de pesquisa que pretende montar um mapa sobre a formação de técnicos em saúde no Mercosul, uma missão da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) esteve no Paraguai para ministrar uma oficina para a equipe de pesquisadores daquele país.

Nesta etapa, a pesquisa irá mapear a oferta de formação de técnicos na Argentina, Paraguai e Uruguai do ponto de vista qualitativo e quantitativo. A EPSJV irá coordenar as equipes de pesquisa dos três países para garantir a manutenção da comparabilidade entre os dados. “A segunda etapa do projeto se propõe a uma análise mais profunda da situação dessa área de formação com o estabelecimento de acordos com instituições de pesquisa desses países”, explicou a pesquisadora da EPSJV, Marcela Pronko, que também é coordenadora da pesquisa.



O trabalho foi realizado no Instituto Nacional de Saúde (INS), de 30 de agosto a 1º de setembro, e teve a participação de representantes do Ministério da Saúde do Paraguai e dos pesquisadores da EPSJV, Marcela Pronko e Júlio Lima, além da coordenadora de Cooperação Internacional da EPSJV, Anamaria Corbo. “O objetivo da oficina foi discutir com a equipe do Paraguai os termos gerais da pesquisa. Cada país tem especificidades, tanto na base de dados, quanto na necessidade de informações a serem coletadas”, disse Marcela.



Na oficina, a EPSJV apresentou os resultados obtidos e a metodologia de trabalho utilizada na primeira etapa do projeto de pesquisa ‘A educação profissional em saúde no Brasil e nos países do Mercosul: perspectivas e limites para a formação integral de trabalhadores face aos desafios das políticas de saúde’, que em breve será publicado em livro. Já a equipe paraguaia apresentou a metodologia que será usada pelos pesquisadores do país, elaborada a partir das informações recebidas da EPSJV, mas com as adaptações necessárias às especificidades do Paraguai.



Até o final de 2010, será realizada uma oficina no Uruguai com o mesmo objetivo. Em junho, a mesma oficina foi realizada na Argentina, dando início à segunda etapa da pesquisa. A previsão é que a investigação seja concluída até 2012, quando será realizado um seminário para que cada país apresente seus resultados. Marcela explica que, como cada país tem suas especificidades, a pesquisa não será igual em todos eles, mas é necessário preservar os objetivos e as categorias de análises para que os resultados de cada país possam ser comparados.



Pesquisa



Após a realização da oficina, a equipe da EPSJV se reuniu ainda com pesquisadores do INS para conversar sobre questões relacionadas à área de pesquisa nas duas instituições. Na ocasião, foi apresentado como está organizada a pesquisa na EPSJV, como ela se articula com o Programa de Pós-Graduação e também como funciona o Comitê de Ética da Escola. “O INS está estruturando sua área de pesquisa. Recentemente, criaram a Direção de Pesquisa, com objetivo de estimular a pesquisa na instituição. Por isso, tivemos esse encontro para uma troca de experiências”, disse Marcela.



Projeto Mercosul



A pesquisa ‘A educação profissional em saúde no Brasil e nos países do Mercosul: perspectivas e limites para a formação integral de trabalhadores face aos desafios das políticas de saúde’ foi iniciada em 2007 e teve sua primeira etapa concluída em 2009. Essa etapa foi dividida em duas fases. Na primeira, foi feito um mapeamento da formação de técnicos no Brasil. Na segunda, foi realizada uma pesquisa sobre os marcos normativos (legislação, organização dos sistemas de saúde, entre outras informações) dos países do Mercosul para conhecer as políticas de formação de técnicos em saúde em cada país. A primeira etapa da pesquisa deu origem a um seminário e ao livro ‘A Silhueta do Invisível: a formação de trabalhadores técnicos em saúde no Mercosul’.