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EPSJV promove curso pioneiro de Ambiência, Segurança e Saúde

Primeira formação do tipo na Fiocruz propõe reflexão sobre o conceito e a prática dos elementos da ambiência para o tratamento do espaço físico dos serviços de saúde
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 11/07/2019 10h24 - Atualizado em 01/07/2022 09h44

Em 2004, o Ministério da Saúde publicou uma cartilha sobre ambiência, definindo o termo como “o tratamento dado ao espaço físico entendido como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora, humana e resolutiva”. Desde então, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) tem se debruçado sobre o assunto. Hoje, no dia 11 de julho, deu início, de forma inédita no âmbito da Fundação Oswaldo Cruz , ao curso de atualização em Ambiência, Segurança e Saúde para os Serviços de Saúde.

Com carga horária de 120 horas, envolvendo aulas expositivas e interativas, o curso reúne 25 alunos, dentre eles, pessoas que tenham concluído o ensino médio e estejam interessadas em atuar ou que já atuem nos serviços de saúde. “O ambiente não é um elemento neutro. Justamente por isso é importante reconhecer que o tratamento dado ao espaço físico articulado a conceitos e legislações sobre segurança do trabalho pode favorecer tanto a saúde do trabalhador quanto a recuperação do paciente”, ressalta Sarita Lopes, que coordena o curso com o também professor-pesquisador da Escola Politécnica, Iraí de Freitas.

Para o curso, a EPSJV/Fiocruz equipou uma sala de estudos de ambiência que conta com material de desenho, como pranchetas com régua paralela, esquadros e transferidores; equipamentos de segurança do trabalho, como decibelímetros que medem a intensidade do som; maquetes de edificações de serviços de saúde; além de sistemas de iluminação, ventilação, sonorização e combate a princípio de incêndio.

“Existem dez elementos que giram em torno de um ambiente – o som, a luz e o cheiro, por exemplo. Eles estão identificados na cartilha e vamos apresentá-los aos estudantes. Em hospitais, pode-se propor a utilização de música em alguns espaços. Mas como isso vai ser adotado? Com qual volume? Vamos trabalhar em cima disso”, afirma Iraí, acrescentando que a formação propõe também debater junto aos alunos o conceito de promoção à saúde, as legislações referentes à segurança e à saúde dos serviços de saúde, bem como a identificação, o controle e a prevenção de riscos que possam provocar danos nestes ambientes.

Durante o processo educativo, os estudantes farão leitura de textos que complementarão o entendimento para a construção, em sala de aula, de maquetes dos espaços dos serviços de saúde.

Ao final do curso, previsto para outubro de 2019, esses trabalhos darão origem a banners que serão expostos na Escola com intuito de dar visibilidade à criação desses alunos. “A ideia é de que novas turmas sejam abertas nos próximos anos”, adianta a coordenadora.