A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) concluiu no dia 2 de março o curso Internacional ‘A formação e o trabalho em saúde: vínculos com o trabalho docente na área da saúde’ e o curso de verão ‘Métodos Quantitativos em Educação e Saúde’. Durante cinco dias, profissionais de diferentes áreas trocaram experiências em diversas atividades e participaram de debates. Sob a coordenação da professora-pesquisadora da Escola Politécnica, Marcela Pronko, o curso internacional – com carga horária de 40h, debateu os principais dilemas que perpassam a formação e o trabalho docente na área da saúde na contemporaneidade, a partir de experiências de formação de docentes em saúde na América Latina, que é um dos eixos de reflexão e de estudo a ser consolidado tanto no âmbito do Programa de Pós-Graduação da EPSJV como das ações de Cooperação Internacional desenvolvidas pela Escola.
Segundo Marcela, o curso teve um impacto efetivo no processo de internacionalização do ensino no âmbito da EPSJV, a partir da ampliação do intercâmbio entre docentes e discentes das diferentes unidades e programas educacionais da Fiocruz e ainda da Universidade Nacional da Colômbia. “O que apareceu muito nas discussões foi a necessidade de fortalecer os processos de formação docente. Embora a Escola tenha isso como objeto privilegiado, acreditamos que esse processo de reflexão possa ser aprofundado e este foi o objetivo maior do curso: ajudar, a partir das experiências de pessoas de outros países e do Brasil a pensarmos esses processos de formação docente e enriquecermos nosso trabalho”, disse Marcela Pronko,.
Nancy Molina, professora da Universidade Nacional da Colômbia e uma das docentes do curso, disse que as aulas proporcionaram aos alunos refletir sobre o vínculo entre educação e trabalho, aprofundando o debate sobre o contexto no qual esses profissionais estão inseridos e compreendendo a lógica dominante e os valores e interesses que marcam a dinâmica do trabalho. “É importante refletir sobre o processo educativo para pensar criticamente no quanto esse profissional está colocado em uma lógica de reprodução e também mostrar aos estudantes as possibilidades que irão permitir que, quando saírem para o mundo do trabalho, atuem como sujeitos transformadores, orientados por valores humanitários”, destacou a professora.
Métodos Quantitativos em Educação e Saúde
Com a coordenação do professor-pesquisador da EPSJV, Raphael Guimarães, o curso de verão ‘Métodos Quantitativos em Educação e Saúde’, com carga horária de 30h, teve como objetivo de introduzir os 30 alunos na metodologia de pesquisa quantitativa aplicada à educação, saúde e as diversas áreas de atuação, além de desenvolver capacidades para a produção e interpretação de instrumentos estatísticos quantitativos utilizados no cotidiano da pesquisa acadêmica e do serviço.
Segundo Raphael, esta é a primeira vez que a Escola oferta um curso com abordagem quantitativa e a procura foi muito maior que a expectativa. “Havíamos previsto, inicialmente, 15 vagas. Ao contrário disso, recebemos 33 inscrições. Esperamos abrir nova turma como curso de inverno, no meio do ano. Também vamos analisar a viabilidade de ter uma disciplina regular ao longo de 2018”, destacou o coordenador.
O curso reuniu profissionais não só da saúde, mas também de diferentes áreas, como engenheiros, educadores e enfermeiros. Para Raphael, a formação também foi um atrativo para que alunos externos conheçam a pós-graduação da EPSJV. “A Escola Politécnica não tem disciplinas que foquem na metodologia quantitativa, então é uma oportunidade de ampliar o leque de atuação da Escola em termos de pesquisa”, destacou.
