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Pesquisadoras da EPSJV são premiadas no Abrascão

Trabalhos sobre estratégia de rastreio e monitoramento de Covid-19 na Escola Politécnica e condições de saúde de trabalhadores do SUS na pandemia foram premiados no 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 08/12/2022 15h44 - Atualizado em 08/12/2022 16h09

Dois trabalhos de pesquisadoras da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) receberam o 3º Prêmio Eleutério Rodrigues Neto, no 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, realizado em Salvador (BA), entre os dias 21 e 24 de novembro de 2022. 

Um deles, o trabalho “Poli Monitora Covid-19: Estratégia de Rastreio e Monitoramento de Covid-19 na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz”, foi construído pelas professoras-pesquisadoras Bianca Leandro, Gladys Miyashiro, Regimarina Reis; Ingrid D‘avilla  (vice-diretora de Ensino e Informação da EPSJV) e Anamaria Corbo (diretora da EPSJV).

“O prêmio é resultado do belíssimo trabalho e amplo reconhecimento social da EPSJV/Fiocruz na construção de soluções e disseminação do conhecimento para a reabertura segura de escolas no contexto da pandemia de Covid-19", comemorou Ingrid.

O trabalho apresenta parte das estratégias de prevenção à Covid-19, com contribuições para a mitigação de riscos à transmissão local do novo coronavírus na Escola Politécnica. De acordo com Ingrid, as ações foram associadas aos protocolos de biossegurança, especialmente, à melhoria da ventilação dos ambientes, evitando a ocorrência de surtos e as possibilidades de transmissão local, mesmo em contextos de alta transmissão comunitária.

A iniciativa teve efeitos diretos, como a criação de fluxos internos; estratégias de comunicação; formulação de instrumentos de coleta e sistematização de dados; e instituição de cultura interna de monitoramento coletivo da situação escolar. “Nosso estudo evidencia o papel da EPSJV como referência na produção e disseminação de conhecimento sobre a reabertura segura de instituições de ensino na pandemia, permitindo a associação de medidas sanitárias às práticas pedagógicas e de gestão do ensino”, destaca Ingrid.

Trabalhadores do SUS

Outro trabalho, intitulado “Condições de saúde de trabalhadores do SUS no contexto da pandemia por Covid-19", elaborado pelas professoras-pesquisadoras Regimarina Reis, Letícia Batista, Mariana Nogueira e Alda Lacerda, também foi premiado. 

O documento apresentou os resultados dos dados qualitativos da pesquisa “Monitoramento da saúde, acesso a EPIs de técnicos de enfermagem, agentes de combate a endemias, enfermeiros, médicos e psicólogos, no município do Rio de Janeiro em tempos de Covid-19". Essa pesquisa teve como objetivo geral produzir e ampliar as informações acerca do impacto da pandemia sobre a saúde de trabalhadores que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus, especialmente os técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, psicólogos e agentes de combate às endemias, que atuam em serviços públicos de saúde na atenção primária, especificamente na Estratégia Saúde da Família (ESF); na atenção psicossocial, especificamente nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) municipais do Rio de Janeiro.

Segundo Letícia, o trabalho apresentado no Abrascão apresentou questões que ultrapassam a pandemia como a questão da saúde mental, da precarização dos vínculos, a tendência ao teletrabalho e outras formas mais elaboradas de trabalho intermitente.“As condições de vida, trabalho e saúde dos trabalhadores também precisam ser discutidas em uma perspectiva de gestão da saúde”, destacou a pesquisadora.