A coordenação do Programa de Pós-Graduação da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) realizou, de 20 a 22 de fevereiro, o Seminário da Pós-Graduação. O objetivo era fazer um balanço para avaliar a experiência acumulada nos dez anos de funcionamento do programa. O encontro reuniu professores-pesquisadores da EPSJV, alunos representantes das turmas do Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde, das turmas regular e RET-SUS (formada por docentes, técnicos e gestores das Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde - ETSUS), além de ex-alunos. Atualmente, o Mestrado tem quatro turmas em andamento e uma que será iniciada em março de 2018.
Segundo o coordenador da Pós-Graduação, Marco Antonio Carvalho, a realização do seminário surgiu a partir da necessidade de uma avaliação mais extensa do programa. O coordenador afirma que o colegiado (grupo de gestores) da Pós se encontra uma vez por mês, mas com a ampliação do número de turmas, passou-se a discutir apenas sobre questões diárias. “A discussão de avaliação ficou em segundo plano e agora necessitávamos de um seminário para fazer um debate mais amplo sobre o programa”, destacou.
Para Marco Antonio, em educação, se o trabalho não é revisado periodicamente, o modelo acaba se cristalizando e os erros e acertos se repetem. “Do mesmo jeito que você tem que fazer um processo de avaliação constante do trabalho com discentes, é necessário fazer uma avaliação periódica do processo pedagógico que está sendo desenvolvido. Do contrário, ficamos condenados à repetição”, avaliou.
O seminário teve início com um debate, no qual os coordenadores que já passaram pelo programa apresentaram suas análises do processo pedagógico. Também foram discutidas diversas questões como a avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a modalidade do mestrado, análise de currículo, referenciais e a necessidade de maior integração entre disciplinas e docentes. “Nossa preocupação era não fazer um seminário apenas para olhar para trás. Queríamos revisar e olhar para frente. Identificar os pontos frágeis do ponto de vista do projeto da Escola e traçar diretrizes”, disse Marco Antonio, que explicou que como o seminário não é um espaço deliberativo, será realizada uma reunião do colegiado da Pós para concretizar as propostas e as questões apontadas na atividade.
“Momentos como esse servem para avaliarmos o processo de desenvolvimento da formação, com questionamentos, discussões e proposições que possibilitam melhorar a qualidade do curso. São diferentes visões, dentro de contextos variados, já que envolve diversos atores”, avaliou Thiago Pereira, aluno do Mestrado RET-SUS. Assim como ele, o aluno do Mestrado regular, Pedro José Braz, avaliou a atividade como positiva, mas acrescentou a necessidade de uma maior interação na EPSJV: “Foi uma experiência positiva, principalmente por ter estabelecido um diálogo aberto com o corpo discente. Mas cabe destacar que precisamos construir um ambiente na Escola com maior sociabilidade, integrando os mestrandos nas diversas atividades, principalmente nos grupos de pesquisa e nos cursos do Ensino Médio”.
Mestrado EPSJV
O mestrado na Escola Politécnica foi implantado em 2008, quatro anos depois do início do Programa de Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde da EPSJV, que oferecia apenas o curso de especialização. A equipe de docentes é formada por profissionais da EPSJV, além de professores convidados e colaboradores de outras instituições.