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Uso e trajetória de Ambientes Virtuais de Aprendizagem na Escola Politécnica

Atualmente, existem duas plataformas Moodle em funcionamento na EPSJV, que são utilizadas nas turmas do Ensino Médio, nos cursos de qualificação e atualização e no Mestrado Profissional da instituição
Julia Neves - EPSJV/Fiocruz | 01/11/2023 09h37 - Atualizado em 01/11/2023 11h23

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) tem inovado cada vez mais no desenvolvimento de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs). Recentemente, foi instalada e configurada uma nova plataforma Moodle na instituição, mais complexa e avançada do ponto de vista dos recursos disponibilizados. A outra plataforma, que também está em funcionamento e conta com uma interface mais simplificada, foi desenvolvida durante a pandemia de Covid-19, para dar continuidade às atividades educativas dos estudantes quando as aulas precisaram ser suspensas.

Os AVAs são utilizados no Curso Técnico de Nível Médio em Saúde; em cursos de qualificação e atualização; bem como em algumas disciplinas do Mestrado Profissional em Educação Profissional em Saúde.

Para a vice-diretora de Ensino e Informação da EPSJV, Ingrid D’avilla, a Escola tem contribuído com o exercício importante de reflexão e pesquisa sobre o papel das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nos diferentes processos formativos para a área da saúde. “Seja por seu potencial para processos formativos presenciais, seja para o desenvolvimento de cursos à distância e recursos educacionais abertos, contar com uma plataforma robusta e com capacidade de customização que atenda aos princípios pedagógicos da EPSJV é uma importante referência para o desenvolvimento da Escola para os próximos anos”, ressalta.

Novidades

Segundo Tarcísio Souza, do Núcleo de Tecnologias Educacionais em Saúde da EPSJV, e que participou do desenvolvimento dos AVAs na Escola Politécnica, em termos gerais, a nova plataforma disponibiliza atividades e recursos novos ou que foram refinados para fornecer mais opções de configuração, além de uma interface remodelada para atender aos padrões mais modernos da área, particularmente relevante para o uso em navegadores de dispositivos móveis. “Outra novidade é a possibilidade de maior autonomia dos coordenadores e professores na personalização dos seus espaços virtuais”, destaca Tarcísio.

Alguns exemplos dessas mudanças incluem um editor de texto interno mais robusto e uma ferramenta para checar padrões de acessibilidade, que garante que as páginas ou postagens incorporadas atendam aos novos requisitos. “A estrutura do curso fica visível numa barra lateral com um funcionamento mais dinâmico”, acrescenta Tarcísio.

Ainda segundo ele, com essa nova versão, ficou mais simples para que os alunos organizem e priorizem os trabalhos a serem feitos através de recursos que permitam marcar o que já foi concluído ou não, agilizando assim a identificação de atividades pendentes. “Existe agora a possibilidade de colapsar ou expandir algumas seções do AVA e, ao diminuir a quantidade de conteúdo visível na tela, pode favorecer a concentração do aluno, por focar em blocos menores de informação por vez. Para os coordenadores, agora é possível rearranjar a estrutura do AVA ao arrastar e soltar recursos, atividades e seções”, continuou.

Você sabe o que são Ambientes Virtuais de Aprendizagem?

O Moodle é uma plataforma on-line que permite o desenvolvimento de espaços virtuais com um recorte temático, a criação de repositórios estruturados de documentos/mídias e o uso de ferramentas de interação entre os participantes. “Essas características facilitam que se desenvolvam atividades de acesso, compartilhamento, disseminação e organização de conteúdos via interação assíncrona, ou melhor, interação que ocorre em diferentes momentos. Exemplos de possíveis atividades são a discussão de projetos pedagógicos, a produção de trabalhos colaborativos e os debates virtuais”, comenta Tarcísio.

Uma característica relevante dessa plataforma, na visão de Tarcísio, é a possibilidade de acessar o ambiente de qualquer local e em qualquer horário, desde que se tenha uma conexão com a internet e habilidades básicas em tecnologia, como navegar em sites interativos via computador ou celular. “Isto permite uma flexibilidade tanto em relação a localização geográfica (facilitando a participação de alunos distribuídos geograficamente que não poderiam comparecer a todos os encontros presenciais) como uma flexibilidade de tempo (viabilizando a interação de quem nem sempre pode estar presente nos horários estipulados)”, completou.

Como surgiram na EPSJV

O desenvolvimento de AVAs teve início em 2016 na Escola Politécnica, a partir de demandas de grupos de pesquisa e grupos de trabalho, incluindo projetos de cooperação nacional e internacional, estruturação de bibliotecas virtuais de conteúdo textual e audiovisual, projetos interdisciplinares e grupos de estudo e temáticos. “Esse processo ocorreu em parceria com coordenadores de diferentes projetos no processo de estruturação das comunidades e em parceria com o Setor de Informática da Escola para instalação da plataforma em um servidor institucional”, afirma Tarcísio.

Posteriormente, Tarcísio conta que se iniciou também o desenvolvimento de AVAs como um complemento ao ensino presencial, em parceria com os docentes de diferentes disciplinas da EPSJV, inicialmente para a pós-graduação (em cursos na modalidade de concentração-dispersão) e alguns cursos de qualificação e atualização. O objetivo, segundo ele, era explorar alternativas e novas potencialidades viabilizadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) aos cursos presenciais. “Com a chegada da pandemia, na busca de alternativas para sustentar a atividade pedagógica em um modelo de ensino remoto emergencial e temporário, foi elaborada e customizada na época uma nova plataforma on-line, com características simplificadas, para facilitar a integração e participação de professores e alunos sem experiência prévia nesta modalidade ou nestes recursos tecnológicos empregados, que está em funcionamento até hoje”, relembra.