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Delegação angolana visita Escola

Fachada do novo prédio da Escola Politécnica de Saúde
Delegação angolana visita Escola
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ntre os dias 17 e 26 de outubro, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio recebeu a visita de uma delegação de Angola composta por dois representantes da Direção Nacional de Recursos Humanos do Ministério da Saúde de Angola (DNRH/ Minsa) e quatro profissionais vinculados às Escolas Técnicas Profissionais de Saúde de Luanda e Benguela, com o objetivo de estabelecer parcerias no âmbito da assessoria, consultoria e capacitação de professores, diretores e bibliotecários de instituições de ensino em saúde, visando a implementação de cursos de especialidades de nível médio, no ano letivo de 2006. Na pauta das reuniões estiveram presentes discussões sobre concepção, revisão, organização, elaboração de programas disciplinares relacionados às diversas áreas da educação profissional em saúde. Além de conhecer a EPSJV, a delegação angolana visitou a Escola de Formação Técnica em Saúde Enfermeira Izabel dos Santos (ETIS) - instituição vinculada à Secretaria Estadual de Saúde, e a Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da UNIRIO, com vistas a complementar informações curriculares sobre os campos de anestesia e reanimação, instrumentação e cuidados intensivos.

Já na Escola Politécnica da Fiocruz, foram apresentados aos visitantes as áreas de atuação e projetos desenvolvidos pelos laboratórios, além da Revista Trabalho Educação e Saúde, a Pós-graduação em Educação Profissional, a Rede de Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde (RET-SUS) e a Biblioteca Virtual em Saúde de Educação Profissional em Saúde (BVS-EPS).

O encontro resultou no delineamento de uma proposta de cooperação técnica entre a Direção Nacional de Recursos Humanos e a EPSJV, expressa através de um plano de trabalho elaborado em conjunto pelas quatro instituições envolvidas. Segundo integrantes da delegação, a relevância da cooperação reside no sentido de proporcionar uma melhor capacitação dos profissionais de seu país. 'Devido a nossa aproximação lingüística, achamos importante aproveitar esta experiência do Brasil - que está num nível muito superior de estrutura organizacional, pois passamos por uma realidade de conflitos durante muitos anos - para poder diferenciar nossos técnicos', enfatiza a chefe do Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos do Minsa, Constantina Furtado.

Para a chefe da Seção de Ensino do Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos do Minsa, Maria José Cardoso, a parceria servirá para 'fortalecer a capacidade técnica, pedagógica e administrativa dos profissionais de saúde de Angola, particularmente na área de ensino, levando em conta toda experiência da Escola Politécnica'.

O fato do país africano ter passado por 40 anos de guerra civil implicou em conseqüências negativas nos mais diversos aspectos da vida de seus cidadãos, como lembra a Coordenadora de Cooperação Internacional da EPSJV, Anamaria Corbo. Na sua visão, o técnico em saúde acabou, assim, assumindo funções e atribuições que não condiziam com o seu nível de formação, mas que eram imprescindíveis para a assistência à saúde dos angolanos. 'A elaboração de uma proposta de cooperação técnica que busque contribuir para o desenvolvimento de uma formação de qualidade para os profissionais técnicos e auxiliares de saúde que estão inseridos no sistema público de Angola, é de fundamental importância para que o país consiga melhorar a qualidade da assistência à saúde de sua população', acredita.

De maneira a consolidar o projeto de parceria entre Angola-Brasil, os membros das instituições planejam uma nova fase de atividades, após esta estadia dos profissionais angolanos na EPSJV. Neste segundo momento, que deverá se dar a partir de março de 2006, com a assinatura do protocolo de cooperação técnica pelos representantes dos dois países, ocorrerá a capacitação dos professores, direções e bibliotecários e a implementação dos cursos definidos durante as reuniões.