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Fórum Social Mundial da Saúde discute saídas para a crise global

O Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil como Patrimônio da Humanidade também fez parte das propostas do encontro, que aconteceu paralelamente ao FSM.
Sandra Pereira - EPSJV/Fiocruz | 29/01/2009 09h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h47


A derrota do neoliberalismo, frente à crise econômica global e a dimensão do impacto que os governos dos países ricos levará às nações pobres, como o desemprego e os cortes na saúde e educação, foram alguns dos temas abordados na abertura da terceira edição do Fórum Social Mundial da Saúde (FSMS), que ocorreu entre os dias 25 e 27, dentro do nono Fórum Social, que termina no domingo (01/02), em Belém (PA).



Cerca de duas mil pessoas estiveram presentes no Ginásio de Esportes do Campus II da Universidade do Estado do Pará (Uepa)  na abertura do FSMS. Representantes de diversas instituições, dos movimentos sociais e estudantes de várias nacionalidades debateram questões em torno do tema "Construção do poder popular, direito ao protesto social e democracia na conquista de sistemas universais de saúde e seguridade social”.



“Uma das principais preocupações dos organizadores do FSMS é a aprovação, até hoje, de uma agenda na área da saúde a ser abraçada mundialmente pelas entidades presentes, de forma a elevar o tema da saúde e do desenvolvimento como prioritário na busca de soluções para a atual crise mundial, ” conta o jornalista e pesquisador da Fiocruz, Álvaro Nascimento, que será um dos palestrantes da sessão "Soberania e saúde - a perspectiva regional”, que acontece amanhã (30). O encontro faz parte do seminário "Crise Econômica Mundial e a Conjuntura Política e Social na América Latina – Impacto na Saúde", organizado pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes).



Ele explica que assuntos como “patentes e soberania, tuberculose como doença física e social, saúde e ambiente, ciência e tecnologia na qualidade de vida, crise econômica mundial e a conjuntura política e social na América Latina, com seus impactos na saúde e solidariedade Internacionalista na Saúde também fizeram parte das discussões.



SUS como patrimônio da humanidade



No domingo que abriu o Fórum, um ato chamou atenção para o lançamento de uma campanha pelo reconhecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil como "Patrimônio da Humanidade". No mesmo dia também foi lançada a I Conferência Mundial para o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Saúde e Seguridade Social.



Passeata marca a abertura do FSM



A abertura da nova edição do Fórum Social Mundial, no dia 27, foi marcada por milhares de ativistas de diferentes países que saíram às ruas e Belém (PA) para pedir um outro mundo; um mundo democrático justo.



Presente na passeata, Álvaro Nascimento ficou emocionado ao ver tantas pessoas em coro caminhando contra a exploração imposta pelo sistema aos países pobres.  “Eram milhares de 'jovens de todas as idades', cantando, mesmo debaixo de chuva, 'Viva! Viva! a sociedade alternativa', música que eternizou Raul Seixas. A letra deu a tônica ao encerramento da passeata que parou o centro de Belém e refletiu o clima de alegria e esperança cada dia mais raros em nossos dias”, disse.