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Lançado o segundo número do ano de Trabalho, Educação e Saúde

Lançado o segundo número do ano de
Trabalho, Educação e Saúde
Volume 3, número 2, 2005
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segundo número de 2005 da revista científica Trabalho, Educação e Saúde, recentemente lançado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), enfatiza em seus textos a expansão do capitalismo global e seus desdobramentos na educação e saúde. Um exemplo é o artigo A noção de empregabilidade nas políticas de qualificação e educação profissional no Brasil nos anos 1990, da professora Maria Angélica Alberto, que discute os diversos sentidos de 'empregabilidade', relacionados às políticas de formação da força de trabalho no país, sob a hegemonia do pensamento neoliberal.

Essa discussão também é proposta por outros artigos como A formação do enfermeiro: uma aproximação à recente produção científica (2001-2005), de Otília Maria Lúcia Barbosa Seiffert; Desenvolvimento docente na área da saúde: uma análise, de Nildo Alves Batista; Educação profissional e gestão em saúde: pressupostos teórico-conceituais na formação de profissionais de nível médio, de Ana Lúcia Abrahão da Silva; e A Organização Mundial da Saúde: do controle de epidemias à luta pela hegemonia, de Gustavo Corrêa Matta, em que é analisado o surgimento da OMS. 'Este número da revista busca trazer esta questão para o cenário da formação em saúde, mapeando as direções que o processo vem assumindo em experiências societárias mais recentes', explica Carla Martins, uma das editoras do periódico, juntamente com Isabel Brasil e Angélica Fonseca.

O processo de globalização da educação é outro assunto abordado no segundo número de 2005. Adriana Almeida Sales de Melo analisa a situação no debate A mundialização da educação: neoliberalismo e social-democracia no Brasil e na Venezuela, que evidencia como este processo ocorre e sua origem no projeto de redefinição das políticas educacionais destes países, a partir da década de 80 do século 20. O texto escrito por Giovanni Alves, Trabalho, corpo e subjetividade: toyotismo e formas de precariedade no capitalismo global, também discute o capitalismo global ao apresentar as relações de corpo-subjetividade dentro deste sistema de produção.

A reflexão sobre o tema se estende às resenhas De ferro e flexíveis: marcas do estado empresário e da privatização na subjetividade operária, de Valdemar Ferreira da Silva e Giovane Saionara Ramos; História e memórias da educação no Brasil - volume 3 - século 20, de José Luís Sanfelice; e Trabalho, educação e luta de classes: a pesquisa em defesa da História, de José Airton Monteiro.

Outro tema que merece destaque é o recente decreto da educação profissional (nº 5.154/2004), analisado pelo professor José Rodrigues, no ensaio Ainda a educação politécnica: o novo decreto da educação profissional e permanência da dualidade estrutural. O texto aponta as limitações estruturais que a produção capitalista impõe à educação e a importância do ensino politécnico como espaço de debate teórico, político e pedagógico. Além disso, Ivana Macedo Cardoso, Ana Luiza Gualandi Murad e Sandra Mara Soeiro Bof discorrem sobre o Programa de Saúde da Família no relato A institucionalização da educação permanente no Programa de Saúde da Família: uma experiência municipal inovadora.

Para completar o segundo número de 2005 da revista, o professor e doutor em ciências políticas pela Universidade de São Paulo Emir Sader concedeu uma entrevista em que fala de temas como o esgotamento teórico do neoliberalismo, o papel dos movimentos sociais na resistência a esta doutrina, o recrudescimento dos fundamentalismos religiosos e o atual momento geopolítico da América Latina, sempre resgatando as experiências libertadoras dos países da região. Trabalho, Educação e Saúde pode ser acessada pelo site www.epsjv.fiocruz.br/revista, onde também estão disponíveis as outras edições.