Dados sobre a população economicamente ativa (PEA) e a educação no Brasil são apresentados no ‘Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda’, levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) e o Ministério do Trabalho. O anuário, com dados de 2007, está disponível na internet e é composto por cinco volumes divididos entre os temas: Mercado de Trabalho, Intermediação de Mão de Obra, Seguro-Desemprego, Qualificação Social e Profissional e Economia Solidária, Proger (Programa de Geração de Emprego, Trabalho e Renda) e Juventude.



Trabalho

De acordo com os números, o Brasil tinha, em 2007, cerca de 159 milhões de habitantes com mais de dez anos e desses, 98 milhões faziam parte da população economicamente ativa, formada pelas pessoas desempregadas e ocupadas — aquelas que, segundo a definição do Dieese, possuem algum trabalho, remunerado ou não. A maioria tinha entre 20 e 39 anos (49,3% dos homens e 51,3% entre as mulheres) e era do sexo masculino (57,7%). Do total da PEA, a maior parte se encontrava no sudeste, onde viviam cerca de 42 milhões de pessoas. A maioria delas se define como branca (49,9%), seguida de parda (41,1%) e negra (8,2%). Segundo os dados, no setor formal, 36,8% dos trabalhadores brasileiros estão em ocupações que exigem ensino médio completo.

Educação, saúde e serviços sociais correspondem ao setor que responde, segundo os dados de 2007, por 9,2% da população economicamente ativa do país. No setor agrícola está a maioria do contingente da PEA, com 18,3% do total, seguido por Comércio e reparação (18%), Indústria (15,3%) e Indústria de Transformação (14,4%). A renda da maioria dos trabalhadores no país é entre um e dois salários mínimos (30,8%) e grande parte começa a trabalhar entre dez e 14 anos (40,4%). O levantamento ainda traz dados específicos de seis regiões metropolitanas brasileiras: Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Distrito Federal e, principalmente, São Paulo.



Educação

Os números mostram que no Brasil, 86,8% dos homens e 87,5% das mulheres são alfabetizadas. A maioria da população tem entre quatro e sete anos de estudo (29,4%) e a média de tempo de estudo dos habitantes é de 6,9 anos. O número de anos varia quando a população é analisada de acordo com a raça e o sexo. Os brancos têm, em média, 8,1 anos de estudo, seguidos dos negros (6,4) e pardos (6,3). As mulheres têm cerca de 8,3 anos de estudo, um a mais que os homens (7,3).

O levantamento mostra que estão matriculados cerca de 53 milhões de alunos na educação básica. A maioria deles está no Ensino Fundamental (32 milhões), seguido do Ensino Médio (8 milhões). A Educação Profissional é responsável por 694 mil matrículas e a Educação de Jovens e Adultos, cerca de 5 milhões.

Outros dados

O anuário ainda traz estatísticas sobre o Sistema Nacional de Empregos (Sine), Seguro Desemprego, Economia Solidária, Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger) e o Plano Nacional de Qualificação (PNQ). Segundo o Ministério do Trabalho, o Sine é uma rede de atendimento voltada para a execução do Seguro Desemprego, benefício pago temporariamente a trabalhadores desempregados cujo emprego anterior era formal, além de intermediação da mão de obra. Economia Solidária é definida pela 1ª Conferência Nacional de Economia como “um conjunto de atividades socioeconômicas – de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito – organizadas e realizadas solidariamente por trabalhadores e trabalhadoras de empreendimentos singulares ou complexos sob a forma coletiva e autogestionária”. O Proger é um conjunto de linhas especiais de crédito para novos empreendimentos que têm como objetivo a geração de empregos. O PNQ é um programa do Ministério do Trabalho que realiza ações de qualificação profissional de acordo com o território de implantação.