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Novo cartão SUS em discussão

Ministério da Saúde está reformulando o Cartão Nacional de Saúde, mas qual deve ser a função dessa política?
Raquel Júnia - EPSJV/Fiocruz | 24/02/2011 08h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h46

A professora-pesquisadora da EPSJV Denise Gomes coordenou um trabalho de capacitação dos profissionais para cadastrarem os usuários no Cartão SUS nos 44 municípios onde o projeto piloto foi implementado, a partir de 1999. Ela reforça a importância de capacitar os trabalhadores responsáveis pelo cadastramento.  “É preciso valorizar, para o profissional, a qualidade do dado do registro. Como eles às vezes não têm conhecimento, não só não registram, e aí perdem a informação, como registram de uma forma precária. E quando o gestor toma uma decisão em cima de informações fidedignas, todo mundo lucra, não são usados recursos do SUS inutilmente e a população recebe o retorno de que tanto precisa. Enquanto não se valorizar a qualidade do registro e a fidedignidade desse dado, não adianta informatizar. Se você tiver lixo, você vai informatizar lixo”, alerta.

Denise lembra que foi feito um investimento muito grande no cartão SUS, incluindo maquinários e capacitação, mas que depois, em boa parte dos municípios, a proposta não foi adiante, apesar de cidades como Aracaju terem tido resultados efetivos. “Se for uma política bem feita, se melhorar o atendimento à população, nós somos a favor , mas não é para depois morrer [a política], porque a implementação do cartão teve um custo muito alto”, ressalva.