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Oficina de roteiro para vídeos discute recepção e produção de imagens

Investir na formação plena, estimulando o uso de novas linguagens e metodologias: esse foi um dos objetivos da Oficina de Roteiro para Produção de Vídeos, que a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio ofereceu aos alunos de diversas turmas no período de maio a julho deste ano. O curso foi uma iniciativa do Núcleo de Tecnologias Educacionais (Nuted), em parceria com o Laboratório de Formação Geral na Educação Básica (Labform) e o Laboratório de Informações e Registros em Saúde (Lires).

Embora esse não tenha sido propriamente seu objeto, um dos incentivos para a realização da oficina foi o fato de professores do Nuted e dos dois laboratórios envolvidos perceberem que alguns alunos e docentes buscavam auxílio para produzir trabalhos da Escola, usando a linguagem audiovisual . Um exemplo é um grupo da 1ª série do Ensino Médio Integrado, que decidiu elaborar o trabalho final da disciplina ‘Trabalho de Integração’ (TI) em forma de vídeo.

As aulas da oficina, ministradas pelo professor Felipe Andrade, graduado em Letras e com formação em roteiros para Cinema e TV, foram divididas em duas etapas. Na primeira, ele tratou de assuntos relativos à dramaturgia, teoria do cinema e técnica, mostrando suas implicações na criação dos enredos e personagens. Já na segunda, os alunos foram organizados em grupos que discutiram e escreveram os roteiros. “A oficina é importante porque é um aprendizado para além da sala de aula. Ela amplia o olhar para toda e qualquer produção cinematográfica. Estudando e trabalhando a teoria do cinema e dramaturgia, eles aprendem a interpretar o filme de uma maneira especial. Uma interpretação que transcende o assistir puro e estático e abrange a análise de toda a sua forma e estrutura”, explica o professor. Os participantes concordam: “No início, o professor explicou a teoria, citando filmes e roteiros. Depois, ele nos dividiu em grupos para passarmos por todas as fases da criação, sempre debatendo idéias. Acho que o objetivo, além do produto final, é passar pelo processo de discussão que nos engrandece e nos ensina a lidar com visões diferentes, ao mesmo tempo em que aprendemos a escrever os roteiros”, opina Thatiana Victória de Moraes, aluna do 2º ano do Ensino Médio Integrado. E completa: “A Oficina nos trouxe melhor conhecimento do que é realmente o cinema ou qualquer tipo de material visual. Aprendendo o processo de produção, entendemos melhor o que de fato é o produto. O professor sempre apontava filmes, diretores e roteiristas com novas leituras, que fogem do padrão hollywoodiano com o qual estamos acostumados”.

A intenção dos organizadores é que todo trabalho criado pela oficina seja de alguma forma exibido. Após essa etapa, alguns roteiros serão filmados com a orientação dos profissionais Gregório Galvão e Chaiana Furtado, do Nuted. Um dos vídeos será exibido no evento ‘Arte e Saúde, que este ano acontecerá entre 3 e 6 de setembro e tratará do tema ‘Trabalho’. Além disso, estão sendo pensados outros meios para dar visibilidade à produção dos alunos, como festivais cariocas de cinema ou até mesmo um evento montado especialmente para esse fim.

Verônica Soares, que coordenou o projeto da oficina junto com Ana Soutto , Denise Gomes e Tarcisio de Souza diz que está sendo discutida a possibilidade de incluir na grade curricular do Ensino Médio um módulo ou disciplina que ensine roteiro, gravação e edição de vídeos. “O principal objetivo desse trabalho é que os alunos não sejam apenas consumidores e leitores de imagens, mas também produtores conscientes”, conclui.