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Pré-estréia de filme comemora Dia da Luta Antimanicomial

‘Memória para uso diário’. Esse é o título do filme que o Grupo de Trabalho em Saúde Mental do Laboratório de Atenção à Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio escolheu para lembrar o Dia da Luta Antimanicomial, 18 de maio. Este ano, a Escola comemorou a data três dias antes, com a pré-estréia, seguida de debate, do filme dirigido por Beth Formaggini junto com o Grupo Tortura Nunca Mais. “Essa data não marca apenas um ‘não’ aos manicômios, mas também à camisa de força, aos eletrochoques, aos maus tratos, à falta de cuidado”, disse Pillar Belmonte, uma das organizadoras do evento.

O diretor da EPSJV, André Malhão, parabenizou o Grupo de Saúde Mental, agradeceu ao Tortura Nunca Mais e destacou a importância de eventos como esse numa escola de trabalhadores técnicos. “A tendência do país ainda é de entender a formação de técnicos como treinamento. E essa concepção não engloba questões de ética e moral, como as que trataremos aqui hoje”, disse.

Depois da exibição, a diretora do filme e Ana Miranda, do Grupo Tortura Nunca Mais, participaram de um debate com a platéia. Marco Aurélio Soares, do Grupo de Trabalho em Saúde Mental da EPSJV e psiquiatra do Grupo Tortura Nunca Mais, que foi mediador do debate, chamou atenção para o fato de o título do filme ser, aparentemente, contraditório. Isso porque, segundo ele, o passado a que o filme se refere seria ‘pesado’ demais para ser usado diariamente. “Mas esse foi justamente um meio encontrado de trazer à tona, logo na chamada, que a violência existe, tanto a esquecida quanto a atual”, explicou.

Por meio de relatos reais, o filme mostra como o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro atua no apoio emocional e jurídico às pessoas que sofreram algum tipo de violência por parte do Estado, buscando auxiliar e acompanhar a abertura de arquivos e processos que ainda estão praticamente inacessíveis. O trabalho foi produzido em comemoração aos 21 anos de luta e militância do Grupo contra o que Ana Miranda chamou de “memória do esquecimento”, investindo na ampla divulgação das histórias de impunidade de ontem e de hoje.

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