No próximo dia 7 de outubro, os brasileiros vão às urnas eleger prefeitos e vereadores dos 5.565 municípios existentes no país. Embora sejam de caráter mais local, e apesar das enormes diferenças regionais, muitos desafios são comuns. É sob a responsabilidade dos municípios que se efetivam o atendimento à população na atenção básica de saúde e uma parte importante da educação básica.
É também no espaço dos municípios que algumas dos principais problemas e entraves das áreas de saúde, educação e trabalho se encontram. A transferência da gestão da saúde para organizações sociais (OSs), com toda a polêmica que tem gerado entre profissionais e militantes do SUS, ocorre principalmente nas administrações municipais. E é ainda sobre os municípios que pesa a Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita o gasto público com pessoal e serve de justificativa para estratégias diversas de terceirização e precarização do trabalho.
Por tudo isso, é preciso dessas eleições mais um momento de debate sobre políticas, indo além das especificidades locais. Para ajudar nesse esforço, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) inaugura hoje uma série de reportagens sobre o desafio da gestão municipal nas áreas de saúde, educação e trabalho. Daqui até o primeiro turno das eleições, você acompanha matérias que vão tratar de temas como a situação das escolas municipais diante da pressão do Ideb (índice da educação básica); a concorrência entre os municípios para a geração de empregos e busca de investimentos privados; e a sobrecarga da gestão municipal no financiamento da saúde.
Saúde, educação e trabalho nas eleições municipais
Começa hoje série de reportagens sobre desafios das próximas gestões municipais nessas áreas.