Serviços 
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras

Unificar e internacionalizar as lutas

Durante três dias de encontros, a luta foi reforçada por uma educação pública e de qualidade.
Viviane Tavares - EPSJV/Fiocruz | 13/08/2014 08h00 - Atualizado em 01/07/2022 09h46

Com um público de dois mil participantes de todas as regiões do país, o Encontro Nacional da Educação (ENE) realizou sua plenária final no dia 10 de agosto como um reflexo do encontro que durou três dias na cidade do Rio de Janeiro. Plural, em busca de unidade e internacionalizando as lutas, as propostas apresentadas farão parte, agora, dos anais do Encontro e servirão de material de apoio para as próximas atividades.

A plenária final foi coordenada por Paulo Rizzo, diretor do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), que apresentou logo no início as moções aprovadas pelo encontro. Entre elas estavam a de apoio à luta dos trabalhadores da educação no México, à greve das universidades estaduais de São Paulo, dos trabalhadores da educação do Piauí, além da contra a criminalização dos movimentos sociais e em apoio ao povo palestino.

Cada relator leu na íntegra o documento tirado por seu grupo de trabalho. Entre todas as propostas apresentadas, havia assuntos que eram recorrentes na maior parte das falas como, por exemplo, mais financiamento e exclusividade do mesmo para a educação pública, além da autonomia dos docentes. Propostas além da educação também foram apresentadas como, por exemplo, a reforma tributária sobre grandes fortunas, assim como o fim da desoneração de impostos para empresas privadas e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Durante o evento de encerramento, a coordenadora-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) leu a Carta do Rio de Janeiro, manifesto que trouxe os sete eixos que pautaram o evento ao longo de todo o processo de organização. No documento, indicaram ainda a formação de comitês estaduais em defesa da escola pública, a realização de um dia de luta em defesa da educação pública e apontaram para o ano de 2016, a realização do II Encontro Nacional de Educação. "Agora é dar continuidade com essa unidade conquistada e começar a materializar um projeto de educação do povo brasileiro, construído nesses moldes", apontou.

Paulo Rizzo fez um balanço positivo do encontro. "Ao reunir dois mil lutadores em defesa da educação pública, o encontro teve uma unidade e expressou maturidade. A partir de agora, vamos ter a possibilidade de repercutir muito mais as lutas em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade, laica e socialmente referenciada", declarou ao final do evento.