Entrevista
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Nesta entrevista, realizada para subsidiar uma série de reportagens sobre a história da educação profissional no Brasil, José Geraldo Pedrosa, professor do mestrado em educação profissional do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), fala sobre esse segmento educacional nos anos 1930 e 1940. Lembrando o contexto da 2ª Guerra Mundial, ele explica o processo de criação do ensino industrial, fala sobre a atuação do empresariado na construção do Sistema S e aponta as diferenças entre as iniciativas que inauguram essa política no início do século
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Nesta entrevista, que contribuiu para a reportagem sobre a história da educação profissional no Brasil principalmente na Era Vargas, Carmem Sylvia Moraes, professora da Universidade de São Paulo, destaca o protagonismo da “província” de São Paulo num tipo de formação que atendesse às necessidades da industrialização. Enquanto nacionalmente a educação profissional se voltava para os desvalidos da sorte, diz, uma burguesia esclarecida paulista se firmava como agente social que interviria também no campo da educação
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Nesta entrevista, Gabriel Grabowski, professor da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul, fala sobre a criação, as mudanças e as contradições que marcam a trajetória do Sistema S, criado na década de 1940 e atuante até os dias de hoje
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Nesta entrevista, que contribuiu para a série de reportagens da Revista Poli sobre história da educação profissional no Brasil, a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Maria Ciavatta analisa a trajetória desse segmento do início do século até a ditadura empresarial-militar, apontando as vertentes e agentes sociais que lutaram por uma educação mais humanística ou mais instrumental
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Nesta entrevista, realizada para subsidiar uma reportagem sobre a história da educação profissional no Brasil nos anos 1950 e 60, Angela Tamberlini, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), descreve experiências educacionais exitosas de resistência à ditadura, como os ginásios vocacionais, em São Paulo, e analisa os efeitos da profissionalização compulsória instituída pelos militares
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Assim que a pandemia de COVID 19 foi anunciada, o vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), catedrático do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo(USP) e Professor Titular de Epidemiologia do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), Naomar de Almeida Filho, sugeriu que se abrisse um espaço virtual denominado de Ágora, dentro do canal do Youtube da Abrasco, para que a complexidade da pandemia pudesse ser discutida em sua integralidade. Junto a isso, organizações científicas da saúde e sociedade civil articularam a Frente pela Vida, que deu origem à Marcha Pela Vida, onde acumularam contribuições a esse desafio. A partir dessas movimentações, nasceram propostas de enfrentamento dessa crise de escala global. Esse material virou o Plano Nacional de Enfrentamento à Covid-19, assinado por entidades como Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes); Associação Brasileira Rede Unida (Rede Unida); Associação Brasileira de Economia em Saúde (ABrES); Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn); Sociedade Brasileira de Virologia (SBV); Sociedade Brasileira de Bioética (SBB); e Conselho Nacional de Saúde (CNS). O documento foi lançado no dia 3 de julho, quando foi entregue virtualmente a parlamentares da Câmara Federal e Senado. Dividido em dez partes, e destinado a autoridades políticas e sanitárias, gestores públicos e sociedade em geral, o Plano discute aspectos biomoleculares e clínicos da pandemia; traz o panorama epidemiológico; analisa o papel do SUS, da Ciência e Tecnologia (C&T) e do sistema de proteção social; e tece uma especial atenção às populações vulnerabilizadas e aos Direitos Humanos. Ao final, traz recomendações detalhadas e um resumo executivo. O plano pode ser encontrado no site frentepelavida.org.br.
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A decisão sobre utilizar ou não o ensino remoto durante o período de isolamento social é um dos desafios – e das polêmicas – que a Covid-19 trouxe para a educação no Brasil. A atuação das entidades filantrópicas de origem empresarial na condução do debate político e na oferta de serviços e tecnologias para agora e para o futuro pós-volta às aulas é outro ponto que tem mobilizado a atenção de pesquisadores do campo (e que será pauta de reportagem da próxima Revista Poli, que estará disponível em breve). Nesta entrevista, Gabriel Corrêa, gerente de políticas públicas do Todos pela Educação, que tem várias dessas entidades como mantenedoras e vocaliza as principais propostas desse segmento, descreve as ações do Movimento neste momento, discute as críticas ao ensino remoto e defende o que deve permanecer como mudança mais perene no pós-pandemia.
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Lançando mão do conceito de “privatização por desastre”, que analisa a experiência de países que passaram por tragédias naturais, Marina Avelar, pesquisadora associada da Graduate Institute of International and Development Studies, da Suíça, debate criticamente, nesta entrevista, como a suspensão das aulas em função da pandemia pode se tornar uma ”janela de oportunidades” para uma penetração ainda maior das entidades filantrópicas de origem empresarial nas redes públicas de ensino. Protagonismo na formulação de políticas públicas e oferta de soluções tecnológicas para o ensino remoto são, na avaliação da pesquisadora, algumas das ações dessas entidades que miram o agora e o futuro.
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Desde o início da pandemia, a pneumologista e professora-pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz) Margareth Dalcolmo tem sido uma das vozes mais importantes no alerta e combate à doença causada pelo novo coronavírus. Ainda era março quando ela previu, por exemplo, que a Covid-19 seria rejuvenescida no Brasil, por conta das condições socioeconômicas e geográficas do país. Sob o marco de 50 mil mortes e um milhão de pessoas infectadas, Dalcolmo, nesta entrevista, aponta que muitas vidas poderiam ter sido salvas no país se houvesse uma organização harmônica entre os poderes e se o lockdown tivesse sido feito no momento certo. Ela anuncia ainda que estamos na fase de interiorização da doença e que é impensável o retorno às aulas.
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Em tempos de pandemia, como essa que estamos passando atualmente, surgem diversos problemas e urgências de saúde mental, seja por medo da doença ou pela necessidade de isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus. Nesta entrevista, o psiquiatra e professor-pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Marco Aurélio Soares Jorge, fala sobre como a Covid-19 tem impactado a saúde mental da população brasileira.