Entrevista
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No dia 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas, diversas lideranças e apoiadores do movimento soaram o ‘maracá’ em suas redes sociais, com o objetivo de estimular a solidariedade nacional e internacional em relação à disseminação da Covid-19 entre povos indígenas brasileiros. A ação soma-se a outras frentes no Legislativo e Judiciário, onde a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), parlamentares, pesquisadores e militantes em geral têm cobrado iniciativas para promover o debate e denunciar o que consideram a falta de ações do governo no enfrentamento da pandemia nessas comunidades. Nesta entrevista, Ana Lucia Pontes, professora-pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e coordenadora do Grupo de Trabalho de Saúde Indígena da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), explica o contexto da pandemia entre os indígenas e aponta as principais dificuldades, antes e depois da Covid-19.
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Nesta entrevista, que ajudou a compor a série de reportagens da Revista Poli sobre a história da educação profissional no Brasil, o professor da Universidade Tecnológica do Paraná Domingos Leite Filho caracteriza esse segmento educacional e explica as origens da instituição escola como responsável pelo aprendizado dos ofícios. Fala ainda sobre a concepção de trabalho que deve se articular com a educação e justifica por que faz sentido defender a formação técnica ainda na educação básica, no contexto brasileiro
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Nesta entrevista, realizada para a produção de uma série de reportagens em homenagem aos 35 anos da EPSJV/Fiocruz, a professora titular aposentada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Lucília Machado explica o que é educação profissional, conta como as escolas substituíram as corporações de ofício como espaço de aprendizado e fala sobre a trajetória desse segmento em diferentes momentos da história do Brasil
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Nesta entrevista, realizada para subsidiar uma série de reportagens sobre a história da educação profissional no Brasil, José Geraldo Pedrosa, professor do mestrado em educação profissional do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), fala sobre esse segmento educacional nos anos 1930 e 1940. Lembrando o contexto da 2ª Guerra Mundial, ele explica o processo de criação do ensino industrial, fala sobre a atuação do empresariado na construção do Sistema S e aponta as diferenças entre as iniciativas que inauguram essa política no início do século
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Nesta entrevista, que contribuiu para a reportagem sobre a história da educação profissional no Brasil principalmente na Era Vargas, Carmem Sylvia Moraes, professora da Universidade de São Paulo, destaca o protagonismo da “província” de São Paulo num tipo de formação que atendesse às necessidades da industrialização. Enquanto nacionalmente a educação profissional se voltava para os desvalidos da sorte, diz, uma burguesia esclarecida paulista se firmava como agente social que interviria também no campo da educação
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Nesta entrevista, Gabriel Grabowski, professor da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul, fala sobre a criação, as mudanças e as contradições que marcam a trajetória do Sistema S, criado na década de 1940 e atuante até os dias de hoje
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Nesta entrevista, que contribuiu para a série de reportagens da Revista Poli sobre história da educação profissional no Brasil, a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Maria Ciavatta analisa a trajetória desse segmento do início do século até a ditadura empresarial-militar, apontando as vertentes e agentes sociais que lutaram por uma educação mais humanística ou mais instrumental
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Nesta entrevista, realizada para subsidiar uma reportagem sobre a história da educação profissional no Brasil nos anos 1950 e 60, Angela Tamberlini, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), descreve experiências educacionais exitosas de resistência à ditadura, como os ginásios vocacionais, em São Paulo, e analisa os efeitos da profissionalização compulsória instituída pelos militares
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Assim que a pandemia de COVID 19 foi anunciada, o vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), catedrático do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo(USP) e Professor Titular de Epidemiologia do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), Naomar de Almeida Filho, sugeriu que se abrisse um espaço virtual denominado de Ágora, dentro do canal do Youtube da Abrasco, para que a complexidade da pandemia pudesse ser discutida em sua integralidade. Junto a isso, organizações científicas da saúde e sociedade civil articularam a Frente pela Vida, que deu origem à Marcha Pela Vida, onde acumularam contribuições a esse desafio. A partir dessas movimentações, nasceram propostas de enfrentamento dessa crise de escala global. Esse material virou o Plano Nacional de Enfrentamento à Covid-19, assinado por entidades como Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes); Associação Brasileira Rede Unida (Rede Unida); Associação Brasileira de Economia em Saúde (ABrES); Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn); Sociedade Brasileira de Virologia (SBV); Sociedade Brasileira de Bioética (SBB); e Conselho Nacional de Saúde (CNS). O documento foi lançado no dia 3 de julho, quando foi entregue virtualmente a parlamentares da Câmara Federal e Senado. Dividido em dez partes, e destinado a autoridades políticas e sanitárias, gestores públicos e sociedade em geral, o Plano discute aspectos biomoleculares e clínicos da pandemia; traz o panorama epidemiológico; analisa o papel do SUS, da Ciência e Tecnologia (C&T) e do sistema de proteção social; e tece uma especial atenção às populações vulnerabilizadas e aos Direitos Humanos. Ao final, traz recomendações detalhadas e um resumo executivo. O plano pode ser encontrado no site frentepelavida.org.br.
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A decisão sobre utilizar ou não o ensino remoto durante o período de isolamento social é um dos desafios – e das polêmicas – que a Covid-19 trouxe para a educação no Brasil. A atuação das entidades filantrópicas de origem empresarial na condução do debate político e na oferta de serviços e tecnologias para agora e para o futuro pós-volta às aulas é outro ponto que tem mobilizado a atenção de pesquisadores do campo (e que será pauta de reportagem da próxima Revista Poli, que estará disponível em breve). Nesta entrevista, Gabriel Corrêa, gerente de políticas públicas do Todos pela Educação, que tem várias dessas entidades como mantenedoras e vocaliza as principais propostas desse segmento, descreve as ações do Movimento neste momento, discute as críticas ao ensino remoto e defende o que deve permanecer como mudança mais perene no pós-pandemia.