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Entrevista

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  • 31/10/2018 9h12 Entrevista

    Candidata à Presidência da República pela REDE. Coligação 'Unidos para Transformar o Brasil' (REDE/PV)

  • 26/10/2018 14h22 Entrevista

    Presa política da ditadura brasileira e uma das fundadoras do grupo Tortura Nunca Mais, Cecília Coimbra fala sobre direitos humanos - ontem e hoje

  • 18/10/2018 15h25 Entrevista

    No dia 15 de outubro se celebra o Dia do Professor, mas parece que há pouco a comemorar quando o assunto é a realidade da profissão. Talvez por isso, cada vez menos estudantes brasileiros querem seguir a carreira docente. Apenas 2,4% dos alunos de 15 anos têm interesse na profissão. Há dez anos, o porcentual era de 7,5%. Os dados são do relatório ‘Políticas Eficientes para Professores’, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Além disso, uma pesquisa do Todos pela Educação feita em maio 2018 mostrou que 49% dos professores não indicariam a docência a um jovem. Segundo o relatório da OCDE, a valorização de quem entra em sala de aula para ensinar as crianças foi o caminho trilhado pelos países que hoje têm os melhores indicadores educacionais do mundo. Tornando a carreira mais atrativa, esses sistemas conseguiram levar os melhores alunos para a profissão e, consequentemente, formaram melhores professores. No entanto, o Brasil, mesmo com legislações avançadas de valorização dos professores, caminha na contramão desses países. Nesta entrevista, a professora e vice-presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) Centro-Oeste, Maria Dilneia Espíndola Fernandes, fala sobre os entraves para a garantia de valorização dos professores da educação básica no Brasil.

  • 11/10/2018 16h17 Entrevista

    “Salve as crianças / Elas têm direito à educação/ Um lar, comida, cobertor/ Carinho, afeto, amor/ Saúde, paz para brincar / Sonhar, sonhar, sonhar”. Esse é o trecho do samba-enredo do bloco Os Cata-Latas do Grajaú, no Rio de Janeiro. Os versos, porém, destoam da realidade brasileira. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD 2015), mais de 2,7 milhões de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, estão em situação de trabalho no Brasil. No mundo, são 152 milhões no trabalho precoce. O trabalho infantil é toda forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima permitida, de acordo com a legislação de cada país. No Brasil, o trabalho é proibido para quem ainda não completou 16 anos, como regra geral, a menos que seja na forma de aprendiz, quando a idade mínima passa para 14 anos. Além disso, entre 2007 e 2017, 40.849 meninos e meninas sofreram acidentes de trabalho, sendo 24.654 de forma grave, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Outras 236 crianças e adolescentes perderam a vida nesse período. Entre as notificações consideradas graves estão amputações, traumatismos, fraturas e ferimentos nos membros, principalmente nos superiores. Em janeiro deste ano, um adolescente de 16 anos morreu ao cair de uma altura de 20 metros na pedreira em que trabalhava, em João Pessoa (PB). A maioria das crianças e adolescentes vítimas desses acidentes de trabalho realizam atividades definidas pelo Decreto 6.481/2008 como piores formas de trabalho infantil. Trabalham no comércio, na agricultura, na construção civil e como açougueiros, entre outras atividades. Para falar sobre essas disparidades e os esforços para combater o trabalho infantil no Brasil, o Portal EPSJV/Fiocruz entrevistou Isa de Oliveira, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), que desde 1994, ano de criação, vem traçando estratégias para mobilizar agentes institucionais governamentais e da sociedade civil quanto à prevenção e erradicação de todas as formas de trabalho infantil.

  • 28/09/2018 13h35 Entrevista

    Apesar de ser símbolo da luta antimanicomial e pelos direitos das pessoas com transtornos mentais, a Política Nacional de Saúde Mental (PNSM), instituída no Brasil, está estagnada, como avaliaram especialistas e militantes da Reforma Psiquiátrica na matéria ‘Interesses privados na saúde Mental’, publicada pela Revista Poli. Eles atribuem a estagnação da política e os retrocessos da Reforma Psiquiátrica – que buscou substituir o modelo asilar, de internação e exclusão social através da criação de uma rede de serviços de atenção psicossocial por meio da integração da comunidade - à presença cada vez maior da iniciativa privada no setor, principalmente com as comunidades terapêuticas, que trabalham sob a lógica de internação compulsória, isolamento social e algumas até com denúncias de maus tratos. Mas o Brasil não está sozinho. Apesar de os Estados Unidos possuírem um modelo assistencial diferente do SUS, a americana Tina Minkowitz, advogada e ativista de Direitos Humanos, encontrou diversas semelhanças no que tange os desafios da luta do movimento internacional de usuários e sobreviventes da psiquiatria. Em entrevista ao Portal EPSJV/Fiocruz, Tina, que proferiu uma palestra na instituição durante sua passagem pelo Brasil, fez uma análise crítica sobre os modelos de hospitalização forçada e ressaltou a importância da luta antimanicomial. “Todo e qualquer modelo de atenção e cuidado deve respeitar a pessoa para que ela tome suas próprias decisões. A ideia de ‘compulsório’ parte do princípio de que não é possível relacionar-se com a pessoa dita louca”, critica

  • 27/09/2018 13h00 Entrevista

    Prorrogada pelo governo federal, a medida provisória (MP) do Saneamento (844/2018) tem até o dia 11 de novembro para ser aprovada pelo Congresso Nacional. Se isso não ocorrer, ela perde a validade. Essa é a torcida de diversos setores e especialistas, já que a ‘MP da Sede’, como ficou conhecida, abre portas para atuação do setor privado, excluindo as diretrizes que preconizam a participação direta dos municípios na elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico – a medida propõe atualizar o marco legal do saneamento, criado a partir da Lei 11.455/2007 (Lei Nacional do Saneamento Básico - LNSB) atribuindo à Agência Nacional de Águas (ANA) a competência para editar normas de referência nacionais sobre os serviços públicos de saneamento básico e alterando questões estruturais da Lei. Favorável à proposta, a Casa Civil avalia que a MP contribui para a universalização dos serviços de saneamento. Contrário a esta avaliação, o professor titular em saneamento e participante especial da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Luiz Roberto Santos Moraes ressalta que a MP da Sede representa um retrocesso, “porque destrói uma importante luta da sociedade após a Constituição Federal de 1988”. Em entrevista ao Portal EPSJV/Fiocruz, ele observa que a Lei Nacional de Saneamento Básico foi um avanço ao estabelecer a “regra do jogo” do saneamento no país.

  • 21/09/2018 10h42 Entrevista

    Em 18 de setembro, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) publicou uma nota em resposta ao editorial do jornal O Globo do dia anterior, em defesa da educação pública de qualidade, ressaltando o papel social dessas instituições e sua contribuição para a manutenção da soberania do país. A opinião do veículo, que chamou de “falidas” a UFRJ e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ofendeu a comunidade científica. O editorial também propunha a “reinvenção” das universidades públicas sob a lógica de economia de recursos. “Não há mais possibilidade de sustentação de instituições com gastos bilionários e déficits crescentes por uma sociedade na qual metade dos trabalhadores tem renda domiciliar de até dois salários mínimos por mês”, trazia o texto. Em reposta, a UFRJ desmente a decadência das universidades públicas e destaca resultados de sucesso alcançados pelas universidades públicas brasileiras em geral. Em agosto, por exemplo, a UFRJ apontada pelo ranking de Xangai como a melhor universidade federal do Brasil, alem de ser responsável por cerca de 10% dos programas de pós-graduação com qualidade internacional, conceitos 6 e 7 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e seus cursos de graduação estão entre os melhores do Brasil, conforme resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e do Ministério da Educação (MEC). Para fazer uma análise conjuntural dos ataques da situação da educação pública no Brasil, o Portal EPSJV/Fiocruz conversou Mariana Trotta, professora Adjunta da Faculdade Nacional de Direito (FND/UFRJ) e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes – Rio de Janeiro).

  • 14/09/2018 17h17 Entrevista

    Em setembro de 1978, a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Alma-Ata, na República do Cazaquistão, expressava a “necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial para promover a saúde de todos os povos do mundo”. A Declaração de Alma Ata – documento síntese desse encontro – afirmava a partir de dez pontos que os cuidados primários de saúde precisavam ser desenvolvidos e aplicados em todo o mundo com urgência, particularmente nos países em desenvolvimento. Naquele momento, conforme defesa feita pela própria OMS, a saúde era entendida como “completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”. Por conta dos 40 anos de Alma Ata, completados neste mês de setembro de 2018, o Portal EPSJV/Fiocruz ouviu o professor do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e coordenador da Rede de Pesquisas em Atenção Primária à Saúde (Rede APS) da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Luiz Augusto Facchini, que fez um balanço das quatro décadas do documento que foi um marco para o mundo. Nesta entrevista, Facchini fala ainda sobre a Conferência Global da OMS sobre Atenção Primária em Saúde, marcada para outubro em Astana, no Cazaquistão, quando será apresentada uma nova Declaração sobre Atenção Primária à Saúde, analisando até onde os princípios apresentados pelo documento se aproximam ou se distanciam do texto de 1978.

  • 12/09/2018 10h08 Entrevista

    O mês de setembro ganha a cor amarela como parte da campanha de prevenção ao suicídio. Por conta disso, o Portal EPSJV/Fiocruz foi ouvir o pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) Carlos Estellita-Lins, com atuação clínica em psicanálise e psiquiatria e estudioso do tema, para entender o recrudescimento do suicídio em alguns grupos populacionais e a relação entre suicídio e as transformações ambientais. Trata-se de um problema de saúde pública mundial: a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 800 mil pessoas morram desta forma anualmente, uma a cada 40 segundos, o que equivale a 1,4% dos óbitos totais. A média global de mortes voluntárias é de 10,7 por cem mil habitantes, sendo 15 por cem mil entre homens e oito entre as mulheres. No Brasil, onde os índices são também relevantes, segundo dados do Ministério da Saúde registrados entre 2011 e 2017, a média foi de 5,7 suicídios a cada cem mil habitantes. Os números são maiores quando se trata da população jovem de 15 a 29 anos, na qual o suicídio é a quarta maior causa de morte, especialmente entre os homens. Entre 2011 e 2017, a taxa de suicídio entre os homens dessa faixa etária foi de nove mortes por cem mil habitantes, enquanto que entre as mulheres foi quatro vezes menor (2,4 por cem mil). Uma verdadeira epidemia de suicídio atinge ainda a população indígena, entre a qual a taxa de mortalidade por mortes voluntárias é quase o triplo da média nacional (15,2 por cem mil). E diferentemente da população geral, a maioria dos suicídios cometidos pelos indígenas (44,8%) no mesmo período ocorreu na faixa etária de dez a 19 anos.

  • 05/09/2018 16h06 Entrevista

    Nenhuma das 27 unidades federativas do Brasil cumpriu as metas estabelecidas para o ensino médio. Os dados divulgados pelo Ministério da Educação nesta segunda-feira (3/9) fazem parte do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2017. Em uma escala de 0 a 10, o Ideb do ensino médio geral do Brasil foi de 3,8, abaixo da meta fixada em 4,7. O índice dos últimos três estudos, realizados a cada dois anos, tinha estacionado em 3,7. Este quadro de desempenho em relação ao ensino médio já havia sido anunciado na semana passada (30/8), quando o governo federal apresentou os resultados da prova de 2017 do Saeb, Sistema de Avaliação da Educação Básica. Somando-se às taxas de aprovação, o Saeb – resultado de avaliações de português e matemática, aplicadas ao fim dos 5º e 9º anos do ensino fundamental e do ano final do ensino médio, pontuando os estudantes em uma escala de 0 a 500 pontos – compõe o índice das escolas e redes de ensino do país. Segundo o Saeb 2017, enquanto as notas dos dois ciclos do ensino fundamental melhoraram no ano passado, as notas do último ano do ensino médio foram enquadradas como inadequadas. Em língua portuguesa, conforme análise do MEC, apenas 1,6% dos alunos atingiu nível considerado adequado, por terem feito mais que 375 pontos. Em matemática, por sua vez, apenas 4,5% dos alunos que terminam o ensino médio obtiveram 375 pontos ou mais. Em entrevista ao Portal EPSJV/Fiocruz, a coordenadora de políticas educacionais da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, sugere olhar com cuidado para os números revelados pelo sistema de avaliação do MEC, uma vez que o Ideb não considera as desigualdades regionais nem as condições de trabalho dos profissionais de educação e das escolas. “A culpa desse resultado acaba injustamente recaindo sobre o estudante que realizou a prova e do professor que ensinou aquele aluno”, critica.